O Consílio dos Deuses

• A Mitologia, característica de uma epopeia, está também presente nos Lusíadas.
• Um dos episódios onde a mitologia se encontra bem presente é o Consílio dos Deuses.

• Júpiter convoca os deuses para um consílio, através de Mercúrio.
• Os deuses vêm pela via Láctea.
• Vêm Júpiter (descrito como alto, sublime divino e digno).
• Júpiter fala dos feitos e da fama dos portugueses.
• Abre uma discussão propondo ajudar os portugueses a chegar à Índia.
• Baco está contra, pois tem medo de perder importância no Oriente.
• Vénus está a favor pois os portugueses lembram-lhe os Romanos, por terem bravura, grandes paixões e uma língua parecida com a latina.
• Marte intervem a favor de Vénus, por amor a esta, ou por apreciar os portugueses, dizendo a Júpiter que ele, justo líder, não pode ouvir a Baco, pois ele é egoísta, e que se ele recuar com a sua decisão de os ajudar, estará a mostrar fraqueza.

Estrutura

• Epopeia Clássica
• Fontes:
• Literárias
• Eneida, de Vergílio
• Odisseia, de Homero
• Históricas
• Crónicas de Fernão Lopes
• Crónicas de Rui de Pina

• Estrutura Interna (Partes)
• Proposição
• Invocação
• Dedicatória
• Narração
• Extrutura Externa
• Dez Cantos
• 1102 Estâncias
• 8816 Versos, todos eles decassilábicos
• Estrutura da Estância:
• ababab(rima cruzada)cc(rima emparelhada)
• Planos
• Viagem
• Maravilhoso
• Poeta
• História de Portugal
• Características
• Poema Narrativo
• Ação Grandiosa
• Herói Colectivo (povo português)
• Maravilhoso

• In Media Res (A história começa a meio da narração)

O Autor

António Luís Vaz de Camões teve um passado misterioso, visto que sabemos muito pouco sobre ele.

• Sabemos que nasceu em 1517 ou em 1525.
• Pensa-se que terá estudado em Coimbra.
• Era galã e em 1545 estaria a frequentar a corte.
• Era bem relacionado.
• Era um homem de ação, sendo que serviu militarmente em Ceuta, onde perdeu um olho.
• Foi preso por agredir um funcionário, e posteriormente foi exilado para a Índia, onde escreveu os Lusíadas.
• Sendo que ele era letrado e muito culto, era um Humanista.
• Valorizava muito o amor e a mulher.
• Durante 3 anos foi escudeiro na Índia.
• 3 anos depois naufragou e salva os Lusíadas, mas perde a sua amada Dinamede
• Foi preso em Moçambique mas os amigos pagaram-lhe a fiança.
• Volta para um Portugal emerso em instabilidade política, com D. Sebastião no poder.
• Dedica os Lusíadas ao rei da altura, mas adverte-o para a governação e critica seus conselheiros.
• Essa critica poderá ter-lhe valido a aprovação da sua obra pela Inquisição.
• Faz um grande sucesso em Espanha.
• Fica conhecido em todo o mundo.
• Ele modernizou a língua portuguesa.
• Morreu a 10 de Junho d 1580, ano em que D. Filipe II de Espanha subiu ao trono português.

Os Recursos Expressivos

Os Recursos Expressivos servem para tornar o texto mais interessante, ou para reforçar uma ideia.

Eles dividem-se em três níveis:

- Nível Fónico

- Nível Sintático

- Nível Semântico

O Nível Fónico tem cerca de 3 recursos expressivos:

- Aliteração (repetição de consoantes)

- Assonância (repetição de vogais)

- Onomatopeia (imitação de sons)

O Nível Sintático também tem 3 recursos inseridos nele:

- Hipérbato (alteração da ordem sintática das palavras)

- Anáfora (repetição de palavras/ grupo de palavras)

- Enumeração ( listagem de palavras da mesma classe gramatical)

O Nível Semântico tem vários recursos expressivos:

- Personificação (atribuição de características humanas a seres que não o são)

- Prosopopeia (atribuição do dom da palavra a seres imaginários, sobrenaturais ou mortas)

- Apóstrofe (um chamamento, equivalente ao vocativo)

- Alegoria (representação de uma coisa abstrata através uma coisa mais concreta)

- Símbolo (coisas que representam uma ideia, um conceito ou um sentimento)

- Comparação (relação entre duas coisas através de 'como' ou um equivalente)

- Metáfora (comparação entre duas coisas através do verbo 'ser')

- Imagem (recurso baseado na analogia com a metáfora, comparação e personificação)

- Eufemismo (utilização de certos termos para atenuar expressões desagradáveis)

- Hipérbole (exagero usado para destacar uma realidade)

- Ironia (dizer o contrário do que se pensa, com entoação para se perceber a intenção)

- Perífrase (dizer uma coisa em muitas palavras quando se pode dizer em poucas)

- Pleonasmo (utilização de uma redundância para reforçar uma ideia)